Mestre dos Centavos

Sem medo, sem desculpas, apenas resultados.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Mestre dos Centavos, Iniciando na Matrix Episódio Final

Olá Soldados,

Entramos agora na parte final da história do mestre dos centavos, o texto se alongou um pouco mais do que eu esperava mas eu havia prometido que terminaria de contar a história hoje, então tirem as crianças da sala, a vamos a trama final desta fita.

A Cagada

Para quem leu o texto anterior,  chutou, ou ao menos pensou que a maior cagada que eu podia ter feito na minha existência foi ter cagado casado, acertou!

Caguei

Pois é confrades, o espertalhão aqui já foi casado. Não me orgulho disso mas também não me envergonho pois tudo o que nos acontece na vida pode ter o seu lado bom por pior que seja a situação. O casamento quando é com a pessoa certa pode sim trazer benefícios para ambos os lados, eu disse com a pessoa certa e não com a errada como o bestão aqui fez.

Tudo começou quando conheci uma garota nos meados dos meus 21 anos, ela 19. Conheci esta criatura quando trabalhava na prefeitura, eu estava na rua carpindo um matagal desgraçado quando avistei a meliante passando bem na minha frente. O engraçado da história é que ela também trabalhava na prefeitura da minha cidade, ela era agente de combate a dengue. Dois fudidos pobres assalariados. 
 Nesta época meu pai tinha falecido,  ainda bem que ele não teve o desgosto de ver o filho fazendo mais uma de suas cagadas.

Voltando ao assunto me encantei no primeiro momento que a vi e consegui seu telefone com uma amiga do trabalho dela, liguei para a fulana, disse todo aquele blá blá blá tipo te vi na rua, gostei de você, vamos sair, etc. Só fiz isso também porque eu havia percebido que ela tinha me dado moral. Enfim, saímos, nos conhecemos, começamos a namorar e em cinco meses de namoro nós nos casamos, isso mesmo confrades, cinco focking meses.

  Diz o ditado que a pressa é inimiga de perfeição. Não tenho dúvidas quanto a isso!

Essa meus amigos, não é a pior parte da história, ainda vem mais. 

A cagada seguinte que fiz ao me casar foi ir morar junto com minha sogra.

A big merda estava feita: Assalariado, tranpo fudido, casado com uma feminista (sim, ela era feminista modo extreme), casa da sogra, sem estudos. Pronto, olha a merda feita.. caguei, sentei em cima, rodei, me esfreguei e ainda dei uma giradinha pra lambuzar mais um pouco. Dividimos a casa em duas partes e cada um foi morar do seu lado, mas como era no mesmo quintal não adiantou porra nenhuma.

A vida de capado casado
 
Vamos escravo, vai lavar a louça

Uma bosta. Primeiro, o salário nunca dava para o mês pois ganhávamos uma merreca  e mal dava para nos alimentar direito, segundo, não tínhamos vida social, vida social? kkkkk. Não éramos felizes, não nos divertíamos, ficamos endividados cheios de contas para pagar. Teve um mês que eu nunca vou esquecer.  Eu estava em casa e não tinha comida pronta porque  a cangaceira mulher não cozinhava pra mim. Morria de preguiça de ir pra panelas, ela dizia que eu tinha que me virar pois não tinha tempo pra isso, pelo fato dela trabalhar também, direitos iguais, etc., A vá se fuder. Como eu ia dizendo não tinha comida em casa, quando fui fazer o arroz descobri que não tinha alho, óleo e nem cebola  pra fazer o chucrute. Logo eu pensei: Bom, não tem aqui então eu vou no mercado comprar. Quando eu abri minha carteira, nem borboleta saiu dela. Eu estava duro, nem 5 centavos eu tinha. Nem pra um dente de alho. Olha o ponto a que cheguei. Não tinha dinheiro nenhum, não tinha da onde tirar. Olha que vida eu tinha escolhido pra mim galera. Aff., Só não passei fome aquele dia porque a sogra me emprestou umas moedas.

A sogra

Bem, a sogra tinha um ou dois lados bons e uns 50 ruins. O lado bom era que a velha até que tinha uma graninha boa. Um apartamento, 3 casas,  um barracão e um salão. Todos alugados. Tudo herança da família dela.

Senhores, imaginem a pior que pode haver em uma sogra, tipo sabe aquela sogra das piadas?”

A velha era desse modelo, além de ser também arrogante, orgulhosa, bipolar, enxerida, bisbilhoteira, curiosa, depressiva, chata, incômoda, barraqueira, sem noção, e outras coisitas mais.

Pra começo de conversa a velha era  uma gorda obesa quase sessentona, só morava ela e a filha, separada do marido (o coitado não agüentou) criou a filha praticamente sozinha, tinha mais dois filhos também. Um homem na casa dos 36 anos (professor) extremamente interesseiro, ia lá de vez em quando só pra extorquir alguma coisa da  velha, uma filha de uns 32 anos Psicóloga que não conversava com a própria mãe e a irmã a mais de 10 anos por motivo de um desentendimento familiar. (pra vocês verem a família que eu tinha entrado).

Por incrível que pareça a velha era formada em direito, tinha até OAB, mas não exercia,  e ela também trabalhava na prefeitura da minha cidade ( isso mesmo, todo mundo trabalhava no mesmo órgão, porem em setores diferentes), a coroa trabalhava em um cargo lixo de auxiliar administrativa, pra vocês verem pois a velhota tinha formação em direito e não teve nem capacidade de pegar um cargo melhor.  pensando aqui agora acho que a prefeitura dessa cidade  é amaldiçoada,  vai tomar no cú!
 
Olha o naipe da criança

Minha vida na casa não era nada fácil pois minha ex sogra vivia no meu pé, a coroa não me dava espaço. Já teve vezes de eu estar de boa dormindo na minha folga tipo domingo de manhã (06:30 AM) a velha bater na minha janela do quarto  pedindo pra concertar o cano da pia da casa dela que tava vazando, (porra meu, não dava pra esperar?) outra vez eu estava dando uma trepada e a velha foi lá me interromper pra levar ela no mercadinho. Eu era tipo que o chofer da velha, pouco antes de me casar eu fiz “pra variar” outra cagada, comprei uma ybr125 nova em 36 prestações de 250 mangos.  (anos depois vendi a moto por 2500, que preju), ai quando a velha  precisava ir pra algum lugar era eu quem a levava. Imaginem um cara magrelo, com uma velha gorda (120kg) em cima de uma motoca de 125 cilindradas.(aff). Quanto sofrimento! (uma vez fui levar a velha não me lembro aonde, ela quando foi tentar descer da moto se desequilibrou sozinha, caiu, quebrou o braço e botou a culpa em mim. (Pode isso Arnaldo?)


As Burradas

Fiquei casado por dois anos, e neste tempo tive que me virar para conseguir sobreviver ao inferno que foi a minha vida. Isso é assunto para posts futuros mas só pra vocês terem uma ideia neste tempo eu trabalhei na prefeitura, teve um ano que peguei férias e trabalhei 30 dias em uma empresa privada nas férias só para complementar meu salário. Outra vez trabalhei em uma campanha política quando minha ex mulher foi candidata a vereadora, lógico que não ganhou pois era muito antipática, o prefeito para quem trabalhamos meses a fio de graça  ganhou mas não nos ajudou em nada. Algum tempo depois ele foi caçado porque foi pego desviando dinheiro público. (quanta decepção, quanta ilusão), eu e minha ex mulher com a idéia da cobra sogra abrimos um bar, isso mesmo, já fui dono de boteco. 
Minha ex estava desempregada e dai surgiu esta idéia de girico. Até tava dando um dinheirinho bacana mas como eu trabalhava durante o dia na prefeitura e a ex ficava lá até eu chegar a noite a assumir o balcão, começamos a ter problemas com bêbados dando em cima dela, também, mulher bonita rodeada por homens só podia dar merda mesmo (além da minha leve desconfiança e coceira na região da testa),  não tínhamos tempo pra sair no fim de semana pois tínhamos que abrir o comércio,. Começamos a brigar demais e decidimos fechar o bar.

A separação

O motivo do meu divórcio se deu por alguns motivos bem “bobos” (haaa taa)  como vocês viram acima, mas o que contribuiu em muito foi: Minha ex mulher era extremamente ciumenta e controladora pois se eu saísse do meu trabalho e desse uma passada de 15 min pra visitar minha mãe e não levasse ela, o barraco caia. E quando ela ia comigo eu tinha que ficar o tempo todo colado nela, Não podia nem ir no quarto levar uma idéia com meus irmãos que ela já dava piti porque ela não gostava de ficar sozinha conversando com minha mãe.(vai pra puta que pariu).

Além de ser uma chata, enjoada era muito antipática (incrível que só percebi isso no fim do casamento), Se eu assistisse pornô ela embaçava, se fosse ler um livro ou um jornal ela falava que eu não dava atenção pra ela, a noite quando íamos dormir eu não podia dormir primeiro que ela não pois a cagona tinha medinho de ficar acordada sozinha e eu tinha que esperar esse estorvo dormir primeiro que eu. Todo mundo me avisou pra não casar e o bobão aqui foi lá e fez a cagada. A gota d'água do nosso divorcio foi quando num belo, iluminado e abençoado dia ela chegou em casa e a porta estava trancada por dentro e ela não conseguiu abrir, ficou nervosinha deu piti brigou comigo, e como eu já não agüentava mais mandei ela se fuder e joguei tudo pra cima e voltei pra casa da minha mãe no mesmo dia pra nunca mais voltar.

Obs..: Gostaria de deixar registrado aqui um crédito especial para minha ex sogra que teve coparticipação neste processo de separação. Tipo 50%.





A divisão dos bens, bem, não houve uma divisão justa dos bens, no tempo em que vivemos em matrimônio conseguimos mobiliar toda a casa, jogo de quarto, cozinha, sala, todas as bugigangas. O que levei pra casa? Wel Wel Wel .... levei minha ybr com umas 10 prestações pra pagar ainda e minhas roupas. Só. Ela disse que se eu quisesse me ver livre dela era isso ou nada. (homem só se fode).


O golpe de misericórdia

Claro né confrades, não podia faltar o golpe de misericórdia, o que mais se pode esperar depois de uma passagem assombrada dessas? 

O golpe final foi como se fosse um brutality mode extreme do shaokan


Pra quem está achando que eu engravidei a fulana se enganou feio. Pelo menos dessa eu escapei, não tivemos filhos.

O que aconteceu foi que meses depois após minha separação a velha me revolve do nada de uma hora pra outra bater as botas. O ditado “Porco gordo e sogra rica só dão lucro quando morrem”  não se aplicou a mim.
Isso mesmo, morreu, foi virar estrelinha, bateu a caçuleta, foi pra terra dos pé junto, partiu dessa pra melhor, abotuou o paletó, foi pro saco, juntou os pé, foi pro beleléu, foi comer capim pela raiz, enfim, foi-se.

A velha só esperou eu largar a filha e me apronta uma dessas, até nisso levei ferro afinal a finada deixou para trás um capital bem considerável. Toma no cú caralho. O velha desgraçada, até nisso ela me sacaneou.

Pelo que fiquei sabendo minha ex dividiu os bens com seus dois irmãos (sim a irmã vadia apareceu depois de 10 anos), afinal quando o assunto é grana, bem, vocês sabem né. Minha ex pegou a parte dela comprou uma casa, mobiliou, e o resto enfiou não sei aonde.

Saindo da gaiola

Depois de nos separarmos judicialmente e o mais importante (de graça, pois aproveitei aqueles programas estaduais de serviços civis gratuitos) apesar de morarmos na mesma cidade não temos contato algum pois ela mora do outro lado da cidade, da ultima vez que a vi foi na rua,  ela estava gorda pra caralho. Hoje mora sozinha, pelo que soube teve alguns casos que não foram pra frente e trabalha apenas para sobreviver sem nenhuma expectativa para o futuro.

Semanas depois que nos separamos já comecei a sair e a conhecer realmente o que o mundo poderia me oferecer de bom, tive muitas aventuras, muitos amores, consegui sair da prefeitura, entrei em uma empresa privada, conquistei duas promoções lá, me desenvolvi, trabalhei em outras empresas  e me formei na faculdade. 

Hoje estou terminando uma pós graduação, estou em um relacionamento de anos com uma parceira firmeza e que me ajuda muito, meu sogro e minha sogra me tratam como se eu fosse um filho pra eles, e minha expectativa para o futuro são as melhores possíveis.

Ufa, acho que terminei o meu relato, espero que vocês tenham gostado da minha história no inicio da jornada na matrix e espero que esta sirva de motivação,  isso mesmo, motivação pois se alguém como eu conseguiu escapar dessa areia movediça que me enfiei acredito por pior que seja a situação em que se encontram sempre haverá um raio de esperança para o amanhã. Viva a liberdade!

$$$






















sábado, 14 de fevereiro de 2015

Mestre dos Centavos, Iniciando na Matrix parte II



Olá soldados,


Vamos dar continuação a minha história no início da vida escravista trabalhista na cidade dos pé junto.

Pois bem, como sabem até agora só me ferrei com essa história de servidor público pois fui parar em um dos piores setores da esfera pública, ou seja, o cemitério.


Algumas das eventualidades que acontecia no meu dia a dia

Logo após me adentrar literalmente dentro deste covil me vi passando por várias situações humilhantes pois quando não estava enterrando algum presunto  defunto, ou estava carpindo, rastelando, varrendo, fazendo cova ou ainda a abominável exumação. 


Exumação pra quem não sabe é o processo de retirar o corpo já enterrado da cova a pedido de algum familiar, pois os mesmos depois de muito tempo compravam um túmulo de cimento e pagavam para colocar os ossos dos seus entes queridos neste local.  Nem o He-Man viu tanto esqueleto como eu.




Os enterros na maioria das vezes eram tristes, famílias sofrendo, gente chorando... e eu lá, metendo terra pra cima! Teve uma vez que presenciei uma situação muito engraçada durante um enterro, vou contar essa pra vocês.

Em um determinado funeral, já enterrando o sujeito que foi abraçar o criador, ou cortar lenha pro pata rachada, (vai saber)  eu estava enterrando  e metendo terra no caixão quando reparei que havia lá um senhor inconformável com a morte do seu ente querido, acho que era irmão dele, sei lá. O fato é de que esse senhor não parava de falar, as vezes até gritar coisas do tipo: " não, não, você foi muito cedo, não quero, me leva junto, me leva..."  e eu metendo terra no caixão, só que nisso estava chovendo muito, tinha muito barro, todo mundo estava em volta da cova, inclusive esse senhor, eis que me acontece deste sujeito na hora que estava murmurando sobre a partida do seu irmão, ele me escorrega no barro e cai dentro da cova bem em cima do caixão onde estava ser irmão, nisso ele começou a pedir socorro e gritava " me tira daqui, me tira daqui". Não teve um que não deu risada na hora, eu quase me caguei de tanto tentar segurar o riso  afinal o sujeito a minutos atrás estava querendo ir com seu irmão, seu desejo estava sendo atendido.  Ajudamos ele a sair de lá todo cheio de barro e vergonha também. Isso aconteceu de verdade, eu vi kkk.

Passei por várias situações neste local, e por incrível que pareça aprendi algumas lições como por exemplo de que nunca devemos reclamar de alguém que partiu na beira da cova, e que aquele não era o meu lugar, definitivamente não era. (só quando bater as botas).

Como dito no texto anterior, passei por vários setores da prefeitura, o cemitério foi apenas um deles, trabalhei ao todo durante 4 anos como servidor público e dentro deste tempo andei cometendo algumas cagadas. Uma delas foi quando me deu a louca e resolvi sair comprando tudo por ai,  eu estava tão revoltado com a vida de merda que estava levando e aproveitei que meus pais tinham viajado e sai comprando de tudo um pouco desde roupas, tênis de marca,  vídeo game, comida em restaurante caro etc.  Tirei uma bicicleta em uma loja pra um amigo meu e disse "toma é sua, me dá trinta conto ai e ta certo", gente é sério, eu fiz isso. Eu estava realmente revoltado com meu trabalho e meu salário, ai aproveitei a oportunidade pra esbanjar. Fiz empréstimo no banco, peguei cheque especial, antecipei 13º, fiz tudo o que podia fazer pra arrancar dinheiro e gastar.

Quando meus pais chegaram de viagem, bem... quando chegaram...

Minha reação


Agi como se nada tivesse acontecido, eles viram o vídeo game em casa e eu disse que era de um amigo que tinha me emprestado. Sinceramente eu não sei por que cargas d'água eu achava que nunca iria ser descoberto pois 3 meses depois as contas começaram a chegar e meu nome pela primeira vez pois para o Serasa.  Se os senhores leram os posts anteriores com certeza conheceram sobre a história do meu pai, logo, imaginem a reação do meu velho quando descobriu que eu estava atolado em dívidas!

Tu vai morrer moleque!

Depois de um super Kamehameha  sermão,  e de me botar pra baixo do verme da bactéria da pulga do carrapato, Eu não apanhei (graças a Deus),  mas o que ele me fez fazer transcendeu qualquer surra que eu havia tomado em toda minha vida.

Meu pai era foda, com ele não tinha conversa, primeiro ele me fez pegar a bicicleta do meu amigo me mandou devolve-la a loja. A loja até aceitou mas me cobrou o tempo de uso. Depois  me fez devolver tudo o que eu podia devolver e o resto eu haveria de arcar com tudo sozinho pois se fui homem pra comprar serei homem pra pagar, segundo meu pai. Resultado dessa cagada: Meu pai me fez pagar tudo. Como? eu vos digo: Fiquei um ano inteiro sem salário, só trabalhando e pagando as contas. Meu pai confiscou meu cartão e pegava meu pagamento e pagava as contas com ele. Foi uma sabatina de um ano inteiro trabalhando de sol a sol, fazendo horas extras e não pegando nenhum centavo se quer. Passei vontade de comer um monte de coisa, perdi muitas festas e de pegar muitas menininhas também.  Depois dessa será que eu aprendi a lição? a resposta é SIM. Pelo menos nesse quesito.

É meus amigos a cagada foi grande, mas consegui dar a volta por cima graças a meu velho. Se não fosse por ele sinceramente não sei onde estaria ou o que seria de mim hoje. O sonho do meu pai era ver o filho dele trabalhando em alguma empresa de terno e gravata, limpinho, na sombra como ele dizia.  Infelizmente ele não viveu o bastante para isso. Hoje sei que ele teria orgulho do que me tornei, não trabalho de terno e gravata, não recebo um bom salário, mas minhas contas estão todas pagas, estou aprendendo a economizar e a investir também graças a meus colegas aqui do blog, tenho um trabalho limpo, estou infinitamente melhor do que quando trabalhava na prefeitura e meu grande sonho é a independência financeira através do seu exemplo. Devo isso a ele.

Dito isto senhores, os convido para a parte final do início da minha jornada na Matrix, consegui sair do serviço público e entrar na iniciativa privada mas neste tempo eu fiz uma outra cagada estratosférica, kkkk. O ciclo das cagadas ainda não acabou. 

A parte final da história promete arrepiar até o cabelo do dedão do pé dos mais incautos, pois essa próxima cagada  que contarei no próximo post, foi, é, e sempre será a pior de todas as cagadas que nós podemos cometer em nossa existência. 




 Continua...

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Mestre dos Centavos, Iniciando na Matrix parte I


Soldados, vou dividir com vocês a minha história de vida no início da minha jornada no mundo do escravismo, trabalho. Como é uma história um pouco longa será contada em partes e tentarei  resumi-la ao máximo para não ficar cansativo... 

Toquem as trombetas...rufem os tambores e vamos a primeira parte.

Meu primeiro emprego formal foi no setor público, isso mesmo confrades, eu fui concursado. Porém esse concurso em questão não era o concurso dos sonhos de ninguém, eu nos meus 18 anos de idade entrei para a prefeitura municipal da minha cidade como " auxiliar de serviços gerais",  pois é,  esse é um dos concursos mais toscos que pode existir atualmente. 


Como eu achava que era ser servidor público na prefeitura da minha cidade












Imaginem vocês, eu jovem, cheio de sonhos, no auge da pegação de menininhas ter que sair na rua com uma inchada na mão carpindo mato em beira de asfalto, limpando boca de lobo no centro  da cidade ou ainda recolhendo cachorro ou cavalo morto na rua. haaa que vergonha eu tinha. Estou imaginando algum de vocês pensando assim, há mas importante é o trabalho ser digno, honesto, blá blá blá, Sim era honesto, pelo menos da minha parte pois apesar de tudo eu não deixava de cumprir com as minhas obrigações, quanto a ser digno eu não sei pois além de ser praticamente invisível para as pessoas, ganhava uma miséria.  

Entrei de gaiato nessa história, eu nunca poderia imaginar o que faria sendo concursado, eu na minha burrice inocência havia imaginado que iria trabalhar dentro da prefeitura e tal mas nunca que iria para trabalhar de escravo gerais, serviços gerais na rua. Ledo engano o meu, pois bem, no tempo em que fiquei concursado trabalhei em vários setores, desde a limpeza de rua, até a jardinagem, pintura, asfalto, meio fio, poda de arvores, e pasmem meus caros ai vem o pior.

Eu trabalhei até no cemitério da cidade, isso mesmo eu já fui ''coveiro''.  Trabalhei um ano nesta função e lhes digo que é um trabalho triste e totalmente discriminado pela sociedade. Digo isso porque quando eu dizia para as pessoas que trabalhava de coveiro a primeira impressão que tinham era de que eu era um pobre coitado e perguntavam se eu não tinha medo de trabalhar num lugar tão mórbido daquele, claro que não, eu dizia, no começo era estranho mas que depois a gente se acostumava.


Começando a vida pelo fim














Meus amigos e parentes não entendiam como um jovem como eu estudado (ensino médio na época), havia parado no cemitério trabalhando de coveiro. Eu sabia a resposta e a resposta era simplesmente medo. Medo do mercado de trabalho, medo de trabalhar em empresa privada, pois as pessoas me falavam que o serviço publico representava a estabilidade do emprego, e que seu saísse da prefeitura e me aventurasse em alguma empresa privada eu certamente seria mandado embora em dois tempos. Eu fui muito burro inocente por acreditar nisso. O salário que eu ganhava na época era um salário mínimo e uma cesta básica. Se eu ainda estivesse lá hoje estaria ganhando cerca de 788,00 e uma cesta básica fora os descontos.  


Estaria eu cavando meu próprio túmulo mais cedo?














Pois é meus confrades a coisa não foi fácil pra mim no começo da minha jornada,  sem dizer também dos percalços que enfrentei neste tempo de servidor público,  ou seja, as cagadas que fiz no meio do caminho, mas essa história fica para o próximo post na semana que vem, até lá.